'José Régio e o seu burro' - por Hermínio Felizardo
Soneto quase inédito
Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado; Assentam-se os fantoches em São Bento E o Decreto da fome é publicado. Edita-se a novela do Orçamento; Cresce a miséria ao povo amordaçado; Mas os biltres do novo parlamento Usufruem seis contos de ordenado. E enquanto à fome o povo se estiola, Certo santo pupilo de Loyola, Mistura de judeu e de vilão, Também faz o pequeno "sacrifício" De trinta contos - só! - por seu ofício Receber, a bem dele... e da nação.
JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.
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terça-feira, 4 de novembro de 2014
JOSÉ RÉGIO E O SEU BURRO
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