segunda-feira, 3 de outubro de 2016

MIGUEL SOUSA TAVARES

No habitual comentário semanal na SIC, Miguel Sousa Tavares analisou a entrevista dada pelo primeiro-ministro António Costa ao jornal Público, da qual destaca três pontos, sendo o primeiro o “reconhecimento de que o país não vai crescer mais que 1% este ano”.
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Esse valor, diz, “representa um recuo em relação a 2015, em que o país cresceu 1,5%, e esta é a segunda revisão em baixa do crescimento. Estava 1,8% no programa do Governo, a dada altura não se falou mais que 1,4% e agora está a 1%”, recorda.
Antes de passar ao segundo ponto, o escritor afirmou até que o chefe do Governo não poderá manter a fórmula governativa inicial “porque a fórmula inicial assentava no crescimento do consumo privado e isso não se está a verificar, portanto essa fórmula não resultou”.
“Ele não diz qual é a fórmula para pôr o país a crescer e também não lhe foi perguntado o que é que falhou”, acrescentou ainda.
Sobre as pensões, António Costa referiu que apenas estará previsto um aumento para quem recebe os valores mínimos. Ao fazê-lo, “António Costa esteve bem, dizendo uma coisa que contraria quer as propostas do PCP quer do Bloco de Esquerda”. Isto porque, justifica, “António Costa está na posse de um estudo que lhe diz que, dos beneficiários das pensões mínimas, só 31% é que estão em situação de carência económica”.
Quanto ao 'banco mau', este é o tema onde Sousa Tavares mais se desfaz em críticas, dizendo que, quando Costa anuncia que “o pagamento dos bancos ao fundo de resolução vai ser alargado para um prazo de vinte anos”, isto significa apenas que “não vai ser pago”.
“O dinheiro que o Estado injetou no Novo Banco não vai ser pago. Vai pagar o zé contribuinte, como sempre. É uma solução política”, termina o advogado, dizendo que esta foi apenas “uma solução política.

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