sábado, 24 de dezembro de 2016

HIPOCRISIA...HIPOCRISIA...

17 de dez de 2011

ENTRA ANO, SAI ANO E...


PARA A GRANDE MAIORIA, NATAL É FESTA DE MENTIRA E O ANIVERSARIANTE NÃO PARTICIPA.

Vai começar mais um ano.
Milhares de pessoas juram que tudo vai ser diferente.
Fortunas são gastas com foguetes, em espetáculos pirotécnicos que duram alguns minutos.
Dinheiro jogado pelo ar.
Dinheiro jogado fora.
Nas estradas mal conservadas, centenas de pessoas perdem a vida e outras tantas ficam feridas, acabando com a alegria de final e começo de ano.
Todo final e começo de ano é a mesma coisa.
Pessoas se abraçam e juram que muita coisa vai mudar.
E tudo continua exatamente como começa e termina.
Como um vídeo - tape maldito as tragédias anunciadas se sucedem, e a natureza parece escolher exatamente esta época para mostrar sua revolta. 
Contra a destruição do planeta.
Contra o homem.
Que consome fortunas para iluminar os céus com foguetes em festas de mentira, para alegrar uma legião de pessoas sem compromisso, sem nenhum senso de responsabilidade com a preservação do ecossistema.
Contra o homem.
Que canta e dança, come e bebe, enquanto cidades inteiras estão debaixo d`água, trazida pelos rios e córregos poluídos e em agonia. Enquanto somente os pobres e ribeirinhos de córregos imundos eram atingidos, o clamor da mídia era apenas um sussurro. Infelizmente o braço de vingança da natureza teve que atingir um paraíso natural, (Angara dos Reis), onde pessoas de melhor poder aquisitivo se preparavam para comemorar. 
Aí foi tragédia.
Morte e festa não combinam.
E todo ano é assim
Toneladas de lixo são jogados nas ruas e barracos são construídos nas encostas e à beira de córregos.
Prédios e mansões são construídos em encostas desmatadas das chamadas áreas nobres das grandes cidades.
Os governos fingem-se de mudos.
Fingem-se de cegos.
Com o aumento dos atingidos pela tragédia, aumenta também a possibilidade de resolver o problema de alguns, a troco de voto na eleição seguinte.
E mais uma vez, políticos sacanas colocam seus puxa-sacos nas ruas, para comprarem os votos necessários para mais uma reeleição.
Inundações.
Tragédias.
Acontecimentos corriqueiros de fim e começo de ano.
Tudo se repete.
Liguei o televisor no dia dois, a programação ou a falta de dela era exatamente a mesma.
Um pregador profissional pedia dinheiro no maior descaramento, ainda teve a audácia de dizer, que pedia somente para a igreja, porque é bem sucedido no ramo da literatura, que era o pregador que mais vende livro no país. Para justificar-se disse em alto e bom tom, que a maior empresa de cosméticos do país comprou de uma só vez 500.000 livros de sua autoria, para que seus revendedores os distribuíssem.
Entra ano e sai ano e tudo fica na mesma, como se fosse uma gravação ou uma foto tirada do fundo de uma gaveta.

Este texto foi publicado em 2010, e neste ano de 2015, estamos vendo uma quadrilha de políticos ladrões, sentados nas poltronas do Congresso Nacional, destruindo o país de um povo pacato e festeiro. 

Sem comentários:

Enviar um comentário