sábado, 29 de julho de 2017

O MOSTRENGO

O MOSTRENGO  POLÍTICO

O mostrengo que está no fim dos tempos,
Na noite da discórdia e incompetência,
À roda da casa do povo voou mil vezes,
Tantas vezes de ódio da intriga a sugar.

E disse:
Quem governou meu povo desta forma?
Nas minhas barbas e meu povo gemendo!
O Zé-povinho agarrado aos remos, tremendo:
Tenham dignidade e respeito por nós todos!

De quem são as intrigas e furtos que ouço?
De quem as trapaças que vejo e ouço?
Disse o mostrengo e rodou mil vezes,
Mil vezes rodou raivoso e muito nojento:
Quem vem sujar aquilo que construímos,
Pois aqui moro há séculos contra tantos?
Deixemos medos, para a frente nobre povo!
Procurando homens honestos e sensatos,
Disse ao seu povo já bastante furibundo!

Muitas vezes governantes folgaram,
Tantas vezes o povo os repreendeu,
E disse já no fim de vibrar mil vezes:
Nos campos ao sol e ao vento sou eu,
Um Povo digno e honesto que exige,
Dignidade aos homecns dos lemes,
Longe das trevas de todos submundos,
Assim manda a honra de nossos maiores.

Marvila, 25 de Maio de 2017

 António Borges da Cunha

Sem comentários:

Enviar um comentário